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Prêmio Escola que Transforma

Escola de Sandolândia é a grande vencedora no Prêmio Escola que Transforma com três projetos selecionados em 1º lugar

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Este ano, a grande vencedora do Prêmio Escola que Transforma é a Escola Estadual Padre José Anchieta, localizada no distrito de Dorilândia, em Sandolância, que ficou em 1º lugar em três categorias. A escola se destacou na modalidade Educação do Campo e Educação Quilombola, com projetos que apresentaram excelentes resultados no ensino e na aprendizagem. O Prêmio Escola que Transforma integra as ações do Programa de Fortalecimento da Educação (PROFE), uma iniciativa do Governo do Tocantins com o objetivo de valorizar as boas práticas da educação tocantinense.

Com o PROFE, a Secretaria da Educação do Tocantins está promovendo um avanço significativo no processo de ensino e de aprendizagem, com o aumento considerável de estudantes e escolas premiadas.

A Escola Estadual Padre José Anchieta foi premiada na categoria escola estadual, educação do Campo, ensino fundamental anos iniciais, com o projeto “Saberes Indígenas na Escola do Campo Encontro com as Tradições dos Javaés”, desenvolvido pelo professor Isaque Nascimento de Jesus Carneiro. E na mesma categoria, sendo no ensino fundamental anos finais, com o projeto “Libras no Campo – conhecer, aprender, respeitar e incluir”, com a professora Aizam Cristina Alves da Silva. O outro projeto é “Conectando Gerações e Promovendo Saúde”, do professor Luan Alves de Sá, que venceu na categoria ensino médio.

A diretora Jacirene Pereira Passarinho disse que está muito feliz com essa conquista. “Estamos extasiados de alegria, nossa escola está em destaque, e isso é motivo de grande orgulho para todos. Esses projetos premiados destacam as competências e talentos individuais dos profissionais Aizam, Luan e Isaque e também refletem o espírito colaborativo e o compromisso com a educação que cultivamos aqui todos os dias. Quero agradecer a todos os membros da nossa equipe e aos nossos estudantes protagonistas pela dedicação e esforço. Essa é uma conquista de toda a comunidade escolar”, esclareceu.

Saberes indígenas

O projeto Saberes Indígenas na Escola do Campo teve o seu auge, no dia 19 de abril, na celebração do Dia dos Povos Indígenas. Na ocasião, a escola promoveu uma palestra com a liderança indígena Teixiby Javaé (Valdemir Filho), que abordou as lutas, conquistas e desafios enfrentados pelos povos indígenas no Brasil. O evento também contou com a presença de membros da etnia Javaés que apresentaram uma dança e compartilharam a arte dos grafismos em pintura corporal. Além disso, foi realizada uma entrevista com um indígena ancião com perguntas sobre sua cultura, tradição e a educação indígena.

No desenvolvimento do projeto ficou evidente a importância do protagonismo juvenil. “O Dia dos Povos Indígenas é uma data marcante, representa a lembrança das lutas e conquistas dos povos indígenas em seu território e as escolas desempenham um papel essencial para promover o respeito, a valorização e o reconhecimento das culturas, tradições e contribuições dos povos indígenas”, afirmou o professor de Isaque, que leciona História.

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E sobre o prêmio, o professor Isaque destacou a sua importância. “Esse prêmio representa uma valorização imensa e o reconhecimento do trabalho coletivo desenvolvido na escola. Ele destaca a importância de ações que realmente transformam a vida dos estudantes, promovendo aprendizagens significativas e fortalecendo o protagonismo dos alunos. O apoio da comunidade escolar foi essencial para a construção de iniciativas que, além de enriquecerem a experiência educacional, resgatam e reforçam a relevância da cultura dos povos indígenas. Esse reconhecimento nos inspira a continuar promovendo uma educação inclusiva, transformadora e conectada às nossas raízes culturais, evidenciando que a escola é, de fato, um espaço de mudança e de respeito à diversidade”, concluiu Isaque.

A estudante Larissa Geovanna Gomes Fontoura, 14 anos, do 9º ano do ensino fundamental, disse que o projeto lhe despertou muito interesse. “Eu gostei de conhecer mais sobre as danças, pinturas, comidas típicas e roupas tradicionais dos povos indígenas, como também sobre denominações e linguagens. Com a ação conheci mais da cultura dos Javaés, aprendemos a respeitar mais as culturas indígenas e a valorizar o que eles representam para a nossa história e sociedade”, ressaltou.

Libras no campo

De acordo com a professora Aizam Cristina, esse projeto apresentou resultados excelentes. “O objetivo além de aprender Libras, foi promover a interação e a comunicação entre os estudantes e colegas surdos. E ao mesmo tempo, essa proposta traz uma mudança de postura em relação à inclusão”, explicou.

Por meio do projeto foram desenvolvidas oficinas de Libras, que inicialmente, foi desenvolvida com os estudantes, e depois, com professores e servidores da escola. O projeto foi alcançando tamanho resultado, que foi compartilhado com docentes e alunos da Escola Municipal Pequeno Príncipe e com servidores do posto de saúde.

“Minha intenção com este projeto é criar um precedente que poderá ser mantido a longo prazo, a fim de gerar inclusão a qualquer estudante surdo que, por ventura, possa frequentar a Escola Padre José de Anchieta. A simplicidade das minhas práticas leva-me a crer que elas poderiam facilmente ser implementadas em todas as escolas da rede estadual de ensino. Embora tais ações tenham sido realizadas em um curto período de tempo, já é possível observar resultados muito positivos. Uma pessoa que aprende Libras pode ensinar outras, e estas continuar ensinando e assim cria-se uma rede de inclusão”, frisou a professora Aizam Cristina.

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A estudante Isabella Pontes de Sá, 13 anos, disse que gostou de participar do projeto. “Eu aprendi muito, desde os mínimos detalhes. Eu destaco o desempenho de todos os envolvidos em se comprometer com o projeto”, frisou.

Conectando Gerações

O professor Luan, de Educação Física, explicou que o objetivo principal do projeto foi melhorar a qualidade de vida dos idosos da comunidade de Dorilândia, através de um programa de exercícios físicos adaptados, promovendo saúde, autonomia e inclusão social.

O desenvolvimento do projeto começou com visitas aos idosos e uma avaliação física detalhada de cada um. Depois, foram realizadas atividades físicas personalizadas. Essas atividades incluíram exercícios de fortalecimento muscular, mobilidade, equilíbrio e reabilitação de lesões, com o intuito de prevenir doenças crônicas e melhorar a capacidade funcional dos idosos.

“Com base nas avaliações dos idosos, foram desenvolvidos planos de exercícios personalizados para cada participante. As atividades foram realizadas nas casas dos idosos, garantindo uma abordagem humanizada e respeitosa às suas limitações e necessidades”, afirmou o professor Luan.

E como resultado, houve a promoção do bem-estar físico dos idosos, promoveu mais alegria, fortalecimento emocional e uma nova perspectiva para os estudantes protagonistas envolvidos.

“A interação direta entre os estudantes e os idosos foi um elemento central do projeto, promovendo a troca de conhecimentos, experiências de vida e fortalecimento dos laços intergeracionais. Esperava-se que os idosos se sentissem valorizados e integrados à comunidade, reduzindo o sentimento de isolamento. Foi um exemplo claro de como a educação pode transcender as salas de aula e se tornar um agente de mudança positiva na sociedade”, contou o professor.

O estudante Diego Passarinho Moura, 18 anos, fala de suas aprendizagens. “Eu aprendi que devemos dar mais atenção aos idosos. Esse projeto foi importante para unir mais as pessoas e a valorizarmos a beleza da diversidade”, comentou.

Prêmio Escola que Transforma

O prêmio tem o objetivo de valorizar as escolas públicas e os profissionais que se destacaram pela competência no processo de ensino e de aprendizagem.

Como premiação, a escola que teve projetos selecionados em 1º lugar, receberá o valor de R$ 30.000,00, os professores contemplados receberão cada um o valor de R$ 10.000,00 e os estudantes envolvidos nas ações poderão receber o valor de R$ 1.000,00.

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Com ações estratégicas do Governo do Tocantins, estado registra avanços na Educação e redução histórica no analfabetismo, aponta IBGE

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O Tocantins alcançou resultados importantes na área da Educação, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2024. A taxa de analfabetismo entre a população com 15 anos ou mais caiu para 6,6%, o menor índice já registrado no estado.

Em números absolutos, o total de pessoas analfabetas caiu de 96 mil, em 2023, para 84 mil, em 2024. O dado representa um aumento de 12 mil pessoas alfabetizadas de um ano para o outro.

Outro dado positivo é o crescimento da taxa de escolarização de crianças entre quatro e cinco anos, que chegou a 97,1% no Tocantins, acima da média nacional, de 93,4%. Para a faixa etária de seis a 14 anos, o estado atingiu 99,7% de escolarização. Já entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a taxa ficou em 92,6%.

A redução de pessoas não alfabetizadas é aumento de escolarização reflete os esforços do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), em promover políticas públicas voltadas à alfabetização e permanência escolar.

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Entre as ações que contribuem para esse resultado está o Alfabetiza Mais Tocantins, programa que fortalece o regime de colaboração com os municípios e promove melhorias no processo de alfabetização na idade certa. A iniciativa rendeu ao estado o reconhecimento nacional com o Selo Ouro de Alfabetização, concedido pelo Ministério da Educação (MEC).

Conforme o PNAD, a taxa ajustada de frequência escolar líquida, que indica se os estudantes estão na série adequada à idade, também foi destaque: 94,8% das crianças de 6 a 14 anos e 80,4% dos adolescentes de 15 a 17 anos estavam inseridos na etapa correta do ensino, sinalizando os avanços na trajetória educacional dos estudantes.

A melhora nesses indicadores está diretamente ligada a políticas públicas que incentivam a permanência dos jovens na escola. Um dos destaques é Avança Mais, programa de combate a distorção idade/série, que assegura condições para a correção de fluxo e, consequentemente, a melhoria da qualidade da educação no território tocantinense. Além disso, os cursos técnicos e profissionalizantes, oferecidos pela rede estadual tornam a escola mais atrativa ao alinhar ensino com oportunidades de futuro. A ampliação das escolas de tempo integral e do Programa Jornada Escolar Ampliada também contribui para manter os jovens mais tempo na escola, com atividades complementares que fortalecem o aprendizado.

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O secretário de Estado da Educação, Fábio Vaz, destaca que os resultados da PNAD 2024 mostram o impacto das ações da gestão estadual em todas as etapas da educação básica. “Investimos muito na estrutura das escolas e na formação dos professores, porque sabemos que esse investimento tem retorno na vida dos estudantes. Cada projeto que a gente lança é pensado para melhorar a qualidade do ensino. Estamos construindo uma educação que transforma vidas”, completou.

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